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28 de abril de 2010

“Os bolores vivem principalmente em lugares húmidos e escuros”

Para dizer a verdade não sei o que é pior. De todas as pragas que já tive, não sei qual escolher. Baratas, pulgas, formigas de asa (não nesta, mas noutras casas) e agora bolor!
Bom pelo menos não tem patas nem asas, tenho por isso a certeza de que não vai a lugar algum a não ser que eu o tire de lá!
A culpa é daquela névoa omnipresente, estão a ver? Ali mesmo por cima. Anuncia o mar aqui tão perto. Disso e das primeiras rachas e brechas a aparecer que o construtor teima em não vir reparar... A chuva deste Inverno não perdoou e estou em Dia 2 de combate a este fungo! Sugestões, produtos maravilha, mão-de-obra voluntária, curas, rezas e outras práticas serão muito bem vindas!
é mesmo! é bolor! casaquinho guardado na cave...

27 de abril de 2010

Knit and Crochet Blog Week - Day 2

Blog about a pattern or project which you aspire to. Whether it happens to be because the skills needed are ones which you have not yet acquired, or just because it seems like a huge undertaking of time and dedication, most people feel they still have something to aspire to in their craft. If you don’t feel like you have any left of the mountain of learning yet to climb, say so!

The answer to this question is immediate: Ivy League Vest
Why? because it has two things I really want to learn: knitting in the round (in a way I would be able to make my own patterns) and use the steeking technique.
I confess I've been a little obsessed with the idea of cutting my knitting.
I’m sure it will be one of my first projects after the summer and I think this yarn will be a good choice for this pattern.

26 de abril de 2010

Knit and Crochet Blog Week - Day One


I had already written a similar post here (in Portuguese).
Today's post is intended to participate in the Knit and Crochet blog Week.

Today's question:
How and when did you begin knitting/crocheting? was it a skill passed down through generations of your family, or something you learned from Knitting For Dummies? What or who made you pick up the needles/hook for the first time? Was it the celebrity knitting ‘trend’ or your great aunt Hilda? TAGGING CODE: knitcroblo1

When I was a child my mother taught me to knit and purl, cast on and cast off. Nothing fancy only the basics.
I wanted to learn how to knit sweaters (could have started with simple scarves...).
My childhood friends mother taught me. She taught me a very simple way to knit sweaters starting at the front, rising to the sleeves and going back. We were in the 80’s and big sweaters were in fashion!
Only later, with nearly 20 years old, I began learning other techniques, other more beautiful ways to cast on and off, add colour, cables and sewing.
I knit this jacket when I was about 20 years.
After that I spent many years without knitting. From time to time the desire to get back to the needles came back, but nothing serious.
It was with my third pregnancy that I dedicated myself to knitting again.
I started by wanting to knit baby bootees. So I found on the Internet the help I no longer had. Discovered the wonderful blogland and the most fabulous knitting sites. Of course I’m a Portuguese knitter so everything I see on the Internet must be converted to our way of knitting. You can see here how I knit and how I purl .
Today I’m a stay home Mum with three young children and I can say that the knitting and the Internet changed my life. I have taught knitting workshops frequently and would love to continue to do so.
After two generations of women who (for social reasons as well as other) no longer do this kind of handicrafts, the knitting is re-appearing in the habits of Portuguese women (and even some men).
Thanks for reading my post. Any correction to English please do not hesitate! I'll be forever grateful.

23 de abril de 2010

Pic Nic de Tricot


No Sábado dia 1 de Maio vou estar no Jardim da Estrela; levo mantinha, lanche e tricot. Apareço depois do almoço, percorro as banquinhas da Feira Craft - visito a Diane, a Rita, a Rita, a Rita :) ... e depois instalo-me na relva!

Se quiserem fazer-me companhia, serão muito bem vindos! Levem um trabalhinho, seja ele qual for, tricot, crochet, bordado, fuso...

Em Maio é no jardim em Junho será na praia :)
Conto convosco!
nota: o pic-nic está limitado ao bom humor do Pedrinho (como diz a Martinha) claro! tricotar à chuva não tem graça....

22 de abril de 2010

knit & crochet blog week


Ok! Vou tentar...
Vá lá tricotadeiras e crocheteiras portuguesas... participem! Já conheci tantos blogs novos que já valeu a pena ;)
Este video por exemplo...

(via Eskimimiknits)

Workshop de tricot


Este sábado há. Mais informações no separador respectivo.

21 de abril de 2010

Tendências (?)

Desde que umas amigas me enviaram os links já vi estes videos em alguns blogs.
Dá que pensar, não?




9 de abril de 2010

A minha história no tricot

Já tenho explicado isto a várias pessoas.

Quem me ensinou a fazer tricot foi a minha mãe; ensinou-me os pontos básicos e como se começa e acaba um trabalho. Nada de grandes técnicas pois as suas artes eram (e são) outras.

Quem me ensinou a fazer camisolas foi a mãe de umas amigas de infância. Lembro-me muito bem "se queres aprender tens de fazer tudo como eu digo". Foi comigo comprar as agulhas, tinham de ser circulares (era a novidade da altura) e as lãs numa loja num 1º andar dos Restauradores. Ensinou-me a sua receita que eu segui durante anos: começas pela frente, preparas o decote, continuas pelas costas e fechas. Depois, apanhas as malhas e fazes as mangas. Receita simples e rápida ideal para adolescentes apressadas. Assim, fiz várias camisolas sempre na cores (ou falta delas) da moda.

Mais tarde, foi outra mãe que me ensinou aquilo que eu já há muito queria aprender. Aí, já com mais calma e dedicação aprendi outras maneiras de começar e acabar, juntar cores, torcer os fios, coser.

Depois estive muitos anos sem fazer nada. De vez em quando surgia a vontade de voltar a pegar nas agulhas, mas nada de sério.

Foi com a minha terceira gravidez que recomecei com força. Nesta gravidez fiquei bastante tempo em casa e, talvez por ser inverno (o meu único bébé de inverno), dediquei-me novamente ao tricot.

Comecei por querer fazer umas botinhas. Foi aí que fiz algumas descobertas. Descobri este admirável mundo dos blogs. Até aí desconhecia em absoluto este aspecto da internet. Descobri que havia muitos blogs sobre tricot, muita gente a fazer coisas (especialmente mulheres), muita gente que vivia disso (especialmente estrangeiras). Foram descobertas atrás de descobertas.

Já lá vão quase 4 anos e continuo a surpreender-me com aquilo que se pode aprender apenas com meia dúzia de clics.

O meu desconhecimento em relação ao tricot era enorme. Foi com grande espanto que vi que o modo de fazer tricot não é igual em todo o mundo. Para mim era simples: ao pescoço ou num alfinete. Não fazia ideia que podia ser de outro modo. Tenho descoberto outras maneiras de fazer malha, algumas bem engraçadas, e muitas, mas mesmo muitas novas técnicas. Não há um único dia em que me sente aqui e procurando um pouco não consiga aprender algo de novo. Acho fascinante o tricot circular, que elimina as tão terríveis costuras. Afinal, aquela ginástica que eu fazia com as agulhas circulares, para conseguir tricotar o decote, tem um nome técnico "magic loop" ou laço mágico, como dizem os nossos irmãos brasileiros.

Recentemente comprei o meu primeiro conjunto de 5 agulhas (o primeiro de muitos, devo dizer) com o objectivo de tricotar meias. Das meias passei para outras coisas que, de facto, com estas novas ferramentas se fazem com muito mais facilidade, as mangas, os gorros, as luvas, tudo isto é muito mais fácil se for feito em tricot circular e com 4 ou 5 agulhas, conforme nos der mais jeito.

Hoje, e involuntariamente sem o emprego que sempre tive, o tricot começa também a fazer parte da minha vida profissional. Como aqui tenho divulgado, tenho feito alguns workshops onde pretendo transmitir aquilo que sei. São sessões de aprendizagem técnica e não de execução de projectos, como muitas pessoas estão habituadas. Mais do que um modelo a seguir, gosto de explicar as técnicas, o caminho a seguir. Não fosse Portugal o país que todos sabemos e talvez fizesse disso profissão.

Por causa do tricot (e de outras manualidades) tenho conhecido pessoas, muitas pessoas e todas diferentes! Tenho visto com grande satisfação o aparecimento de novas lojas, espero que se mantenham por muitos e bons anos.

Tenho visto também que fora de Portugal, o tricot é visto de uma forma muito mais "sem preconceitos" do que cá! Tantos blogs famosos o demonstram. Há até homens que fazem malha e com grande sucesso!

Tivesse eu hipótese... e de certeza que iria aqui . O UK Knit Camp 2010, Universidade de Stirling na Escócia entre 9 e 14 de Agosto. É uma excelente oportunidade para ter aulas e assistir a workshops por verdadeiras especialistas na matéria!

Divulguem e tricotem!

Carapauzinhos with tomato rice


No, I won't start making posts about cooking ... it’s very difficult to take pictures of food! And besides there are good blogs dedicated to the subject (this one is my favourite).
I’m writing about it because of this post. After thinking a lot I thought that in fact it’s not easy to choose which food is most typically Portuguese. When I think of Spain I think of calamari, tapas ... Italy, pizza and pasta, Germany, sausages and beer ... but Portugal? We are such a small country and what do we say in Lisbon about the papas de serrabulho ou dos carapaus alimados?
So, to begin showing Cathy what we eat around here, I chose something that I find common ground: carapauzinhos with tomato rice.
The mackerel are sea fish (of course we can also fry fish from the river. I prefer sea fish but, perhaps, I never tasted a good river fish) and should be small. These were quite big, sometimes we get half the size (but it's not allowed by law).
After you have arranged them go for wheat flour (usually refined white flour)
and fry in hot oil.


The tomato rice, or of anything else, it is invariably the same: chop up (thanks Paola!!!) onions, put in a pan with a little olive oil, let it simmer a little, until the onion is transparent, then drop the rice and water (or vice versa) a pinch of salt and let it cook on low heat.
We followed all this with a lettuce and tomato salad seasoned with olive oil, vinegar and salt.
I think this is traditional, at least in my family.
And I apologize for not having the final photos but cooking and taking pictures at the same time ...
I hope you understand Cathy!


Não, não vou começar a fazer posts sobre culinária... até porque é muito dificil tirar fotografias a comida! E além disso há bons blogs dedicados ao assunto (este é o meu preferido).
Tudo isto vem no seguimento deste post. Depois de pensar, achei que de facto não é fácil escolher quais as comidas mais tipicamente portuguesas. Quando penso em Espanha penso em calamares, tapas... Itália, pizzas e massas, Alemanha, salsichas e cerveja... mas Portugal? Somos um país tão pequeno e que dizemos em Lisboa das papas de serrabulho ou dos carapaus alimados? Pois é... há gostos para tudo!
Então, para começar a mostrar à Cathy aquilo que se come por cá, escolhi um prato que acho pacífico: carapauzinhos com arroz de tomate.
Os carapaus são peixe de mar (também há quem frite peixinhos do rio. eu prefiro peixe de mar mas, se calhar, nunca experimentei um bom peixe de rio) e para fritar devem ser pequenos. Estes até são um pouco grandes, às vezes conseguimos arranjar com metade do tamanho (mas não é permitido por lei).
Depois de arranjados passam-se por farinha de trigo (normalmente farinha branca refinada) e fritam-se em óleo bem quente.
O arroz de tomate, ou de qualquer outra coisa, faz-se invariavelmente do mesmo modo: pica-se cebola, põe-se num tacho com um pouco de azeite, deixa-se refogar um pouco, até a cebola ficar transparente, depois deita-se o arroz e a água (ou vice versa) uma pitada de sal e deixa-se cozer em lume brando.
Acompanhamos tudo isto com uma salada de alface e tomate, temperada com azeite, vinagre e sal.
Acho que isto é o tradicional, pelo menos na minha família
E peço desculpa por não ter fotografias com a comida pronta, mas cozinhar e tirar fotos ao mesmo tempo... ainda não consigo!

8 de abril de 2010

Primavera

O blog está em mudanças. Mudanças lentas! Pois a internet quando nasce não é igual para todos... É preciso calma e paciência!

7 de abril de 2010

Nota

Não há fome que não dê em fartura...
Bem, agora é só uma breve nota. Há algum tempo que venho reparando nos seguidores que de quando em vez se juntam a este blog. Fico sempre contente, claro. É sempre bom ver que alguém viu aqui alguma coisa de interessante. Só não percebo porque alguns deles não se consegue ver de quem são, não há ligação nem email. Eu também gosto de ver quem me vê.
Se não for pedir muito, digam qualquer coisa! Ou então deixem que eu diga :)
Ah... e já agora... não me tratem por você... a não ser que seja absolutamente necessário! Eu escolhi o nome dona maria para o blog, não foi a primeira escolha, nem a segunda nem a terceira... enfim, foi o que ficou! Sou dona maria mas não sou velha, quer dizer... não sou tão velha quanto os amigos dos meus filhos acham nem tão nova quanto os meus pais dizem... tenho 39 quase 40... e não sou assim muito complicada. Podem tratar-me por tu. Eu agradeço.

Porto

No último Sábado de Março (já passou algum tempo é verdade) fui ao Porto.
Não ía ao Porto há muitos muitos anos... tantos que na altura ainda não havia telemóveis nem a cidade tinha metro!
Fui de combóio - outra coisa que não fazia há muito muito tempo também - com uns amigos, num dos primeiros da manhã e regressei no último do dia.
Fomos de propósito para estar com uma amiga e ír com ela a um Encontro de Tricot! Eu fui para aprender uma técnica que não conheço mas que me desperta bastante interesse. Uma das participantes habituais nestes encontros, teve a generosidade de me ensinar aquilo que eu tanto queria aprender! E até se deu ao trabalho de me fazer esta linda amostra, que cortou e acabou à minha frente para eu perceber como se faz. mais fotos aqui, aqui, aqui e aqui e em alguns outros sítios...

Confesso que actualmente me surpreendo mais com a generosidade do que com a mesquinhez... mas isso é outro assunto.
Gostei muito do ambiente deste encontro. Achei muito bom ver várias pessoas, de várias idades e com diversas ocupações, que se juntam para fazer uma coisa de que todas gostam; tricota-se e conversa-se um pouco. O encontro não é nada fechado e estas conhecedoras tricotadeiras acolhem simpaticamente as novas participantes. Quem estiver por perto, acho que não deve perder a oportunidade. Não tenham medo porque elas são mesmo simpáticas :)
Eu, vou procurar um grupo mais perto da minha casa e tentar fazer o mesmo.
Agradeço muito à Xana, muito obrigada mesmo, por tudo! Pela disponibilidade, atenção, generosidade...
Obrigada aos meus amigos e companheiros de viagem B e A, gostei muito!
Muito obrigada à super F e ao marido R (esta história das iniciais está a deixar-me baralhada!) que andaram connosco para, no pouco tempo que tinhamos, conseguirmos ver tudo aquilo que nos interessava! Muito obrigada.
Claro que fui conhecer a Lopo Xavier (que não conhecia) onde fiz umas comprinhas... e de lá trouxe as fabulosas amostras feitas pelos insubstituíveis senhores da loja (e que já estão a dar jeito pois gostei muito dos fios que trouxe, post seguinte).
O Armazém do Linho fez parte do roteiro e valeu mesmo a pena, se vissem a diferença dos preços (para aqueles que se praticam em Lisboa)!
E claro que fui conhecer a nova e fantástica loja de lãs da Invicta a Ovelha Negra. Adorei esta loja, está muito bonita e tem lãs excepcionais! Está tudo com muito bom gosto e a dona da loja também é como eu gosto: simples, acessível e simpática! Vão lá ver! Aqui já não comprei quase nada, com muita pena minha pois podia ter trazido um novelinho de cada, pelo menos! Gostei de saber que está a correr bem! É bom ver casos de sucesso, especialmente quando são mulheres (desculpem lá, mas valorizo mais). Esta loja foi sem dúvida uma aposta, um risco, daqueles que se fazem também por amor a uma arte e não (apenas) pelo negócio. As marcas escolhidas não são para todas as bolsas, não que sejam caras mas porque efectivamente nós ganhamos pouco para o nosso custo de vida (isto também é outro assunto). Espero que continue tudo a correr pelo melhor!
Gostei muito de ír ao Porto! Agora tenho de voltar com mais tempo.

Spring Swap

Agora que a minha parte chegou ao seu destino já posso mostrá-la aqui.
A troca era uma coisa feita por nós e 2 fat quarters à nossa escolha. Eu fiz este xaile e escolhi estes tecidos.

Now that my Swap Surprise has reached its destination I can now show it here.
The exchange was a homemade spring gift and 2 fat quarters of our choice. I made this shawl and I chose this fabrics.

Mandei também 2 novelinhos de uma lã portuguesa para a minha companheira de troca. Uma simpática norte americana que, apesar de ter mais 2 ou 3 anos do que eu, teve agora a sua primeira neta!

I also sent 2 small balls of portuguese yarn to my Spring Swap partner. A sweet North American who, despite having 2 or 3 more years than I now had his first grandchild!

Foi a primeira vez que participei numa coisa deste género e gostei imenso. É muito interessante ver como podemos interagir com pessoas do outro lado do mundo!

It was the first time I participated in something like this and I liked it a lot. It's very interesting to see how we can interact with people across the world!

E aqui podem ver o blog da Cathy e mais fotos!
Aproveito também para lançar uma questão. Fiquei de dar algumas receitas tipicamente portuguesas a esta minha nova amiga. Mas, na altura de escrever o mail fiquei a pensar o que seria realmente tipico. Pensei em Cozido à Portuguesa, Bacalhau com Todos, Pastéis de Bacalhau, Feijoada à Transmontana... tudo coisas leves. Mas fica sempre a dúvida, como fazer estas comidas com ingredientes que não os originais. Não posso esquecer-me de uma feijoada que fiz em Londres, começava com o refogado claro, tinha feijão, couve e até enchidos... mas não era feijoada! Os ingredientes eram todos diferentes, até as cebolas e o azeite!
Mas a minha pergunta é: quais são as receitas mais tipicamente portuguesas?

Here is Cathy's blog with more photos.

And now I have a question. I would love to tell some typical portuguese recipes to this my new friend. But at the time of writing the email I wondered what would be really typical. I thought of Cozido à Portuguesa, Bacalhau com Todos, Pastelinhos de Bacalhau, Feijoada à Transmontana ... all light food of course... But there is always the question: how to do these recipes with ingredients that are not the originals. I can not forget the feijoada that I did in London, started with the fried of course, had beans, cabbage and even sausage ... but it was not feijoada! The ingredients were all different, even the onions and olive oil!

But my question is: what are the most typical portuguese recipes?